Aquele que, pela primeira vez, está perante uma situação onde sabe que se irá expor à filosofia encontra-se na impossibilidade de responder à pergunta: o que é a filosofia?
O âmbito da filosofia é de tal forma característico que não se pode responder à pergunta nem se pode dar uma definição desta tarefa sem antes se ter feito filosofia.
Não é possível delimitar a filosofia antes de termos empreendido a caminhada que nos leva ao seu fazer.
A filosofia só se entende quando é feita. O fazer da filosofia é um fazer «junto de»: não se faz filosofia sozinho. A filosofia resulta da conversa entre seres humanos. Desta maneira, para sabermos o que é o labor da filosofia, é preciso vivê-la. A filosofia tem de ser uma vivência. É o vivido da filosofia que nos dá permissão de entrada no seu próprio reino.
Entender o ser humano é a preocupação essencial das pesquisas psicológicas.
Por isso pomos questões como as seguintes:
Como se explicam os nossos comportamentos? Porque nos parecemos com os nossos ascendentes embora tenhamos uma identidade individual própria? Porque nos relacionamos bem com algumas pessoas e mal com outras? Porque temos preconceitos? O que é a nossa inteligência? A nossa personalidade será estável ou é afectada por mudanças?
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